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Conheça a terapia de integração sensorial de Ayres

Com certeza você já ouviu falar sobre a importância dos sentidos para o desenvolvimento infantil – tato, paladar, olfato, visual, auditivo, vestibular, propriocepção e interocepção. No entanto, você sabe o que é a Terapia de Integração Sensorial de Ayres (ISA) e como ela pode ajudar na vida das crianças que apresentam dificuldades na percepção sensorial?


A ISA é uma abordagem terapêutica que busca organizar a chegada dos estímulos sensoriais de forma a gerar respostas adaptativas para o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional das crianças.
Por se tratar de um tema extremamente importante, neste artigo, vamos explorar os conceitos por trás da terapia de Integração Sensorial, suas aplicações, benefícios e muito mais.


Por isso, continue lendo para descobrir como a ISA pode ser uma ferramenta importante para auxiliar no desenvolvimento das habilidades sensoriais das crianças.


O que são alterações sensoriais e quando acontecem?


As alterações sensoriais ocorrem quando o cérebro tem dificuldade em receber e processar informações sensoriais do ambiente, tais como som, luz, tato e movimento. Essas alterações podem acontecer em pessoas de todas as idades, mas são mais comuns em crianças. Quando o processamento sensorial é afetado, a pessoa pode ter dificuldades em realizar atividades cotidianas, como se vestir, comer, brincar e se relacionar socialmente. É importante identificar e tratar as alterações sensoriais precocemente para evitar complicações futuras.


As alterações sensoriais podem estar presentes em uma série de condições clínicas e transtornos do desenvolvimento, sendo comum:
– Transtorno do Espectro Autista (TEA);
– Síndrome de Down;
– Paralisia Cerebral;
– Prematuridade, entre outras.


Cada condição clínica pode apresentar diferentes tipos e graus de alterações sensoriais, o que pode afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa e sua capacidade de realizar atividades diárias.
Nesse contexto, a terapia de integração sensorial é uma das abordagens que pode auxiliar na organização das alterações sensoriais.


Mas afinal, o que é a terapia de Integração Sensorial?


A terapia de ISA é baseada na ideia de que o cérebro é capaz de mudar e se adaptar ao longo da vida, em um processo conhecido como neuroplasticidade. Logo, com o treinamento adequado, é possível ajudar o cérebro a processar e integrar melhor as informações sensoriais, permitindo que o indivíduo se sinta mais confortável e seguro em seu ambiente.


A Integração Sensorial foi desenvolvida pela terapeuta ocupacional americana Jean Ayres na década de 1970, que tinha como objetivo ajudar crianças a processar e integrar melhor as informações sensoriais do ambiente, promovendo um melhor desempenho nas atividades cotidianas.


Durante a terapia de integração sensorial, o terapeuta trabalha com o paciente de forma a identificar as suas necessidades sensoriais e desenvolver atividades que estimulem o processamento sensorial e a integração das informações recebidas pelos diferentes sentidos.


Quais são os Transtornos do Processamento Sensorial?


Como já dito, os Transtornos do Processamento Sensorial (TPS) são condições em que o cérebro tem dificuldades para processar e responder aos estímulos sensoriais adequadamente. Existem três tipos principais de TPS: hiporesponsividade sensorial, hiperresponsividade sensorial e transtornos de práxis.


– Hiporesponsividade Sensorial: A hiporesponsividade sensorial se refere a uma falta de resposta aos estímulos sensoriais. Nesse caso, é como se o indivíduo não estivesse recebendo a informação corretamente. Por exemplo, uma criança que não reage ao som do telefone tocando ou a um toque suave em sua pele pode estar apresentando hiporesponsividade sensorial.


– Hiperresponsividade Sensorial: Já a hiperresponsividade sensorial se refere a uma resposta exagerada aos estímulos sensoriais. Por exemplo, uma criança que se assusta facilmente com sons altos ou que evita tocar em certas texturas pode estar apresentando hiperresponsividade sensorial.


– Transtornos de práxis: Práxis é um termo que se refere à capacidade de realizar tarefas funcionais e complexas com habilidade e fluidez, envolvendo aspectos sensório motores ou a integração de vários sistemas sensoriais e neuromusculares.


Dificuldades com o desenvolvimento da práxis implicam no desempenho de atividades funcionais do cotidiano. Todavia, tratando-se de crianças, afetam as habilidades de brincar, atividades de vida diária, aprendizagem e inclusão escolar


É importante ressaltar que esses transtornos não se limitam a um único sentido e podem ocorrer em várias combinações, afetando a capacidade da pessoa de realizar tarefas cotidianas e participar de atividades sociais.


Logo, a terapia de integração sensorial de Ayres pode ser uma opção de tratamento para os Transtornos de Processamento Sensorial, ajudando a melhorar a capacidade de processar e responder aos estímulos sensoriais de forma adequada.


Qual é a relação entre terapia de integração sensorial e autismo? Qual é a importância?


A terapia de integração sensorial é frequentemente indicada no tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que apresentam alterações sensoriais.


O TEA é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento da comunicação, socialização e comportamento, e as alterações sensoriais são muito comuns em crianças com essa condição.
Existem vários estudos que mencionam a presença de dificuldades sensoriais nas pessoas com TEA; as porcentagens encontradas variam de 30% em um estudo, até 100% em outros. Os terapeutas que trabalham com crianças do espectro autista sabem que a presença de dificuldades sensoriais é um fator importante no comportamento de muitas crianças com TEA. Esse reconhecimento aumentou o interesse em usar essa abordagem como parte do tratamento de crianças diagnosticadas com autismo.

Nesse cenário, o foco da terapia com abordagem de integração sensorial no TEA é melhorar o processamento sensorial com objetivo de:
– Aumentar a participação nas atividades diárias e, consequentemente, a participação social;
– Ampliar o repertório de brincadeiras e diminuição de comportamentos repetitivos e /ou estereotipados.
– Diminuir o desconforto da pessoa em situações em que o processamento sensorial atípico cause uma desregulação.


É importante destacar que a terapia de integração sensorial não é uma cura para o TEA, mas pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento de crianças com essa condição. O tratamento deve ser individualizado para atender às necessidades específicas de cada criança e deve ser usado em conjunto com outras terapias, como a terapia comportamental.


Qual profissional realiza a terapia de integração sensorial?


A terapia de integração sensorial é realizada SOMENTE POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS que tenham cursos específicos na área assim como a Certificação Internacional em Integração Sensorial de Ayres.
É importante destacar que existe uma medida de fidelidade e formação específica para essa atuação.

Agora você já consegue entender a terapia de integração de sensorial e os seus benefícios!
A terapia de integração sensorial é um tratamento essencial para crianças que apresentam alterações no processamento sensorial, incluindo aquelas com autismo e outros transtornos.


A terapia de integração sensorial é uma das melhores maneiras de ajudar crianças com dificuldades sensoriais a se integrarem melhor em seu ambiente e melhorar sua qualidade de vida.


Se você acredita que seu filho pode se beneficiar desse tipo de tratamento, não hesite em procurar um TERAPEUTA OCUPACIONAL qualificado para avaliá-lo e iniciar o tratamento adequado.
Continue acompanhando nosso blog para mais informações sobre saúde e bem-estar infantil.

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